quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Nós somos um grupo de apoio de ajuda  a mulheres que se encontram em uma gravidez indesejada ,entrem em contato nos e-mails abaixo:
cristinaajudaabtr@yahoo.com.br
cristinaajuda@yahoo.com.br

A gravidez indesejada é uma das situações mais preocupantes da gravidez, pois implica principalmente no bem estar físico, emocional e psíquico da mãe e na sua relação com o bebê, sendo ainda uma das causas do aborto e da entrega para adoção. A gravidez se torna indesejável sempre que houver a não aceitação da gravidez sejam quais forem os motivos; sendo assim, não é somente a mulher a origem da não aceitação, pois o pai, bem como a família, também podem se encontrar nesta situação. Contudo, o fato da gravidez não ser aceita no início seja pela mãe, pelo pai ou pela família, não significa que será assim por todo o ciclo da gestação, pois tudo pode mudar quando se é aberto a transformações das dificuldades e se é flexível à aceitação de um novo ciclo.


No caso específico da mulher são muitas as causas que a levam a não querer uma gravidez já comprovada, sendo que algumas causas são mais fáceis de serem transformadas e outras, são mais complexas, pois envolvem situações e dimensões mais profundas da mulher. Desta forma, é necessário que se avalie cada situação, pois cada mulher é um ser com uma individualidade própria e com um universo de situações que podem estar causando a sua não aceitação.

Geralmente, a idade (tanto muito jovem ou em fase de risco); estado civil; saúde; financeiro; moradia; estudo; desemprego; são fatores que interferem negativamente causando a gestação indesejável, principalmente quando a futura mãe se encontra numa condição de não receber amparo e condições para poder gestar com bem estar e confiança. Há ainda as questões mais íntimas da personalidade da futura mãe como: egoísmo; individualismo; preocupação com a estética do corpo; priorização de sua liberdade; de sua carreira profissional; de seu relacionamento conjugal ou amoroso; de seu tempo e espaço, dentre outros. Porém, existem fatores mais profundos, como: o medo de ser mãe; o medo de não conseguir gestar; de não conseguir ser uma boa mãe; de não possuir as condições necessárias para criar o filho; de morrer no parto; de ser abandonada pelo companheiro, namorado, marido, família; medo da opinião de seu círculo de amizade dentre outros.

Nem sempre as causas são reconhecidas pela grávida, principalmente quando esta não é acostumada a se observar e buscar dentro de si as origens de suas escolhas, de suas emoções e de seus medos. É muito importante neste caso a busca por ajuda terapêutica para poder lidar com as dificuldades, tornando-as bem claras para si mesma e assim, transformá-las em sustentação da gravidez. Nem sempre a futura mãe tem a possibilidade de um acompanhamento terapêutico, neste caso deve compartilhar seus sentimentos e idéias com pessoas que realmente possam orientá-la. Sem dúvida alguma o acompanhamento médico é imprescindível e a futura mãe deve, também, conversar com seu médico (a) sobre seus sentimentos de rejeição em relação à gravidez e sobre os fatores que geram esta situação. Muitos médicos conscientes e com posturas humanizadas, ao observarem a situação delicada da gestante, acabam sendo o médico, o amigo, o terapeuta dando orientações e direcionando a mãe a: aceitação da gravidez; calma para poder gestar; ao acompanhamento seguro para o parto dentre muitas outras situações.

Sejam quais forem os motivos que levam uma mulher grávida a não aceitação de sua gravidez, nada justifica a escolha pelo aborto, pois aborto não é solução para esta situação, causando sentimentos de: auto-culpa; rejeição de si mesma; autodestruição; auto-condenação, gerando muitas vezes dificuldades psicológicas para engravidar novamente num outro momento. A maioria das mulheres guarda para si sua decisão de abortar bem como aborto(s) já cometido(s), guardando, ainda, sentimentos negativos contra si mesma, pois a decisão final de praticar ou não o aborto sempre é da mulher.